15.10.2009 - De olho no exterior
Fonte: Assessoria de Comunicação da Eletrobrás
A Eletrobrás estuda, no momento, empreendimentos em oito países, envolvendo cerca de 16 mil MW de geração hidrelétrica e em torno de 10 mil km em linhas de transmissão. Os números foram revelados ontem pelo superintendente de Operações no Exterior da empresa, Sinval Gama, durante o segundo dia do Seminário Internacional de Interconexões e Negócios de Geração e Transmissão, que termina amanhã, no Rio de Janeiro.
Segundo Sinval, a Eletrobrás estuda empreendimentos no Uruguai, na Argentina, no Peru, na Guiana, na Venezuela, em Honduras, em El Salvador e na Nicarágua. Os mais adiantados desses estudos são os das usinas de Inambari (2000 MW), no Peru, e de Tumarín (220 MW), na Nicarágua. Já as linhas de transmissão cujos estudos devem terminar em menor tempo são as que ligam o Brasil ao Uruguai, de cerca de 400 km de extensão, e a associada ao projeto de Inambari, que ligaria a usina a Porto Velho (RO).
Na outra ponta está o inventário do potencial hidrelétrico da Guiana. Sinval Gama disse que ele ainda está no início, mas deve estar pronto em seis meses. “A Guiana apresenta um potencial de cerca de 7.500 MW, que a Eletrobrás começou a mapear”, contou o executivo, revelando que, em contrapartida pela realização do estudo, a empresa recebeu do governo guianense a garantia de que terá a prioridade para a construção e operação das usinas que lhe interessem.
Sinval Gama acredita que a interconexão energética da América Latina é o caminho que os países devem seguir para aumentar a sua segurança energética, com menores investimentos e afetando menos o meio ambiente. “Um país com grande potencial hidrelétrico pode usar parte da energia gerada para seu desenvolvimento e vender o restante. Esse intercâmbio permitiria um preço melhor para os que compram, que poderiam postergar investimentos e, aos poucos, retirar do parque gerador usinas termelétricas, que usam combustível fóssil”, argumentou,
A análise do superintendente de Operações no Exterior da Eletrobrás ganhou o reforço do estudo realizado pelas consultorias PSR (Brasil), Mercados Energéticos (Argentina) e Synex (Chile), sob encomenda da Comissão Integração Energética Regional (Cier) - um dos promotores de seminário (ao lado de seu braço brasileiro, o Bracier) - e divulgado ontem no evento. Segundo o presidente da PSR, Mário Veiga, o estudo identificou três tipos diferentes de possibilidades de ganhos que podem provir da interconexão energética para os países latino-americanos. O primeiro caso é o citado por Sinval Gama, de um país que produz mais energia do que consome e pode exportar o excedente.
O segundo é o aproveitamento dos diferentes regimes hidrológicos. “Guri (usina de 10 mil MW localizada na Venezuela), por exemplo, tem um regime hidrológico exatamente oposto a Tucuruí, ou seja, quando ela está cheia, a brasileira está mais seca, enquanto no período chuvoso de Tucuruí, Guri está no seu período seco. A interconexão dos dois sistemas seria benéfico para os dos países”, explicou Veiga.
O terceiro tipo de ganho seria o que o especialista chamou de “swap” de energia. “A Argentina tem interconexão com o Paraguai e com o Chile. Assim, o Paraguai poderia vender energia ao Chile, por meio da Argentina. Por meio da usina de Acaray, o Paraguai, por exemplo, poderia enviar 200 MW para a Argentina, enquanto esta liberaria 200 MW da termoelétrica de Salta para o Sistema Norte Grande, do Chile”, exemplificou.
Abaixo estão as apresentações realizadas de ontem no Seminário Internacional de Interconexões e Negócios de Geração e Transmissão
COMENTARIO:
El proyecto no puede priorizar nada que no sea el mercado
CONSUMIDOR brasileño. Sólo así se puede hacer viable.
Ya de por sí cualquier proyecto extrativista neto es pernicioso para la
zona de influencia directa por los pasivos de cualquier proyecto; si a ello
se suma que se prioriza la capacidad adquisitiva o la conveniencia o
comodidad DEL CONSUMIDOR, el proyecto podrá ser viable comercialmente, pero deja de ser conveniente para la zona productora porque sus costos tienen que ser
disminuidos o infravalorados; ¿Cómo catalogar si a todo ese daño que podría
ocasionar un proyecto se suma que, FINALMENTE, ES UNA OBRA DE PURA CONVENIENCIA PARA UN CONSUMIDOR AJENO?.
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